Sejam Bem Vindos

Um blog sobre arquitetura, urbanismo, design, moda, fotografia, artes e comportamento.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Se não quiser caminhar...Ande de bicicleta!!

Muita gente está de olho nas magrelas para enfrentar o congestionamento paulistano. A segurança dos ciclistas, porém, depende do respeito às leis do trânsito, pois as ciclovias ainda são raras.


Por Claudia Nogueira

Revista Arquitetura & Construção - 11/2008

Todas as manhãs, o bancário Toshio Hayashi veste terno, gravata e capacete e percorre 4 km de bicicleta nas ruas da Mooca, rumo ao trabalho. Leva dez minutos no percurso. “De carro, demoraria meia hora. Só tiro meu automóvel da garagem quando chove”, diz. Porém, o trajeto entre ônibus, carros e motos não é dos mais tranqüilos. “Tomo susto diariamente por causa da imprudência dos motoristas”, reclama. Bicicletas não solucionam os problemas do trânsito, mas podem contribuir para minimizá-los ao tirar alguns carros das ruas.

“É preciso estimular o uso, oferecendo-a como uma opção segura de deslocamento”, afirma Arturo Alcorta, biker-repórter da Rádio Eldorado. Atualmente, a cidade possui apenas 16,2 km de ciclovias nas ruas. “Falta de espaço no sistema viário, grandes distâncias e topografi a acidentada complicam a construção de uma extensa malha

”, explica Jaime Waisman, professor do departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). No entanto, para vencer pequenas distâncias, de até 5 km, especialistas são unânimes em afi rmar que a bicicleta pode ser uma solução.


SISTEMA INTEGRADO

Uma das maneiras de otimizar a mobilidade em percursos curtos é apostar na integração das magrelas com outros veículos de transporte. Inspirados no modelo parisiense de empréstimo de bicicletas, estão em funcionamento bicicletários em oito estações do metrô, como na Corinthians-Itaquera. Outra medida que incentiva pedalar foi a liberação, em horários específicos, do transporte de bicicletas nos vagões do metrô e dos trens. Um projeto da prefeitura em parceria com a ONG Instituto Parada Vital, e com o patrocínio da Porto Seguro, prevê ao todo 25 estações de bicicletas entre o centro e a avenida Paulista até o fim deste ano. Mas tudo isso só vai funcionar bem se as leis de trânsito forem respeitadas por todos.


USO DAS BIKES

A frota brasileira de bicicletas é de cerca de 60 milhões de unidades. Desse total, 50% são usados como transporte, 32% como recreação de crianças e 18% no lazer e esporte de adultos.
Fonte: Abraciclo.


PARIS EM DUAS RODAS

Em julho de 2007, começou a funcionar na capital francesa o Vélib (fusão de vélo, bicicleta, com liberté, liberdade), sistema que conta com 20 mil bicicletas de aluguel e 1 500 estações, a cerca de 300 m uma da outra. São registradas, aproximadamente, 70 mil locações por dia. Embora as magrelas façam sucesso em Paris, não é a cidade com a maior quantidade de ciclovias: há 371 km. Perde para Berlim, Nova York e Amsterdã. No Brasil, ganha o Rio de Janeiro, com 140 km de ciclovias, seguido de Aracaju, com 45km.

Nenhum comentário: