A galeria Old Truman Brewery inaugurou em Londres a exposição Arte da Guerra, que traz pinturas do artista pop britânico Gerald Laing, inspiradas na guerra do Iraque.
A última série de trabalhos do artista retrata diferentes estágios do conflito, como a invasão de Bagdá, em 2003, e as denúncias de tortura na prisão de Abu Ghraib no ano seguinte.
As pinturas reproduzem imagens que correram o mundo depois dos primeiros bombardeios na capital iraquiana e da divulgação de fotos que mostravam soldados americanos torturando e humilhando presos iraquianos em Abu Ghraib.
Após dedicar-se durante anos a esculturas, Laing decidiu colocar a política no centro de sua obra.
"É claro que a arte não pode mudar a política, mas pode agir como um lembrete eterno de ações infames. Quem se lembraria de Guernica se não fosse por Picasso?", indaga Gerald Laing.
"Eu espero que essas pinturas sobre o Iraque sejam um memorial permanente das recentes atrocidades. Se não registrarmos esses eventos, corremos o risco de repeti-los indefinidamente".
Laing, que foi fuzileiro antes de ingressar numa escola de artes do início da década de 60, mudou-se para Nova York, onde conviveu com artistas como Andy Warhol.
Em 1969, desiludido com a guerra do Vietnã, retornou para a Escócia, onde nos últimos 30 anos trabalhou como escultor.
Abaixo, algumas pinturas da esposição:
Os últimos trabalhos de Gerald Laing tiveram como inspiração a invasão do Iraque, em 2003. Na pintura, uma alusão ao triunfo do Ocidente e às bombas que caíram sob Bagdá.
As denúncias de tortura na prisão de Abu Ghraib também influenciaram as obras de Laing. Neste quadro, o artista reproduz uma das imagens mais conhecidas sobre o caso.
Os heróis e outros personagens do "sonho americano", que fizeram parte das primeiras obras do artista, na década de 60, hoje deram lugar a cenas de violência provocadas pela guerra.
Depois de dedicar-se durante anos às esculturas, Gerald Laing colocou a política no centro de suas obras. Neste quadro, outra alusão às torturas cometidas no Iraque.
Outra imagem que correu o mundo na época das denúncias de tortura em Abu Ghraib é retratada por Laing. O artista reconhece que "a arte não pode mudar a política, mas registra as ações infames".
A exposição Arte da Guerra também inclui uma reprodução do original Lincoln conversível, que retrata a morte do presidente americano John Kennedy, em 1963.
2 comentários:
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Professor...Que bom que vc gostou do meu blog!!
Abraços...
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