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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A Psicologia das Cores

Na arquitetura, a pintura representa uma operação de grande importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito extensas, implicando num alto custo. Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas.
De acordo com o arquiteto Jayme Bernardo, a cor é um dos principais fatores determinantes da forma como nos relacionamos com nosso ambiente e o que ele nos transmite. Nossa sensibilidade reage às cores de várias maneiras. São reações subjetivas e nossa sub-consciência percebe mínimos detalhes que as vezes passam desapercebidos pelo consciente. Cores quentes nos deixam alegres, passam energia, força, enquanto as cores frias acalmam e relaxam. Pessoas alegres e extrovertidas preferem usar cores quentes e claras e por isso buscam decorar a própria residência ou local de trabalho com as cores que se identificam. Pessoas tímidas e introspectivas buscam as cores frias e escuras. Segundo o arquiteto Jayme Bernardo, devemos levar em consideração fatores culturais, modismos, idade, sexo e o meio em que se vive na hora de escolher as cores em um projeto arquitetônico. Quarto de dormir é um local de conforto e tranqüilidade que deve proporcionar uma sensação de relaxamento. As cores devem ser suaves e sutis, em vez das contrastantes e nítidas. Cores pesadas devem ser evitadas. Já no quarto das crianças é recomendável cores da faixa do vermelho, laranja e amarelo, com a finalidade de criar um ambiente claro e luminoso. Acima dos 13 anos, as tonalidades mais claras do verde e do azul são geralmente preferíveis. Cores escuras devem ser evitadas. Deve-se prestar atenção na iluminação, a fim de atenuar o esforço visual durante a leitura. O quarto do casal exige um projeto de cores que se adapte a ambos. Evita-se cores vívidas ou escuras, a menos que o objetivo seja criar um ambiente vibrante ou muito forte. O arquiteto Jayme Bernardo dá preferência às tonalidades sutis e suaves, utilizando cores quentes e relaxantes.

As cores:




Representa Luz, Vida, Ação, Alegria, Calor, Brilho, Riqueza e Poder.
• Sob aspectos psicológicos é considerada a cor da raiva, repulsa, do atrevimento, dos impulsos e da falsidade.
• Em paradoxo, por se relacionar com o sol, significa alegria, bom humor. Em alguns casos é considerado libertante e intelectual.
• Em pisos dá a sensação de avanço.
• Em superfícies de grande extensão pode incomodar devido à intensa irradiação de luz.
• É sagrada na China, simbolizando o ouro.
• Foi a cor da moda no fim do século passado.




Representa a prosperidade, a fartura de frutos, o Sol. Possui a luminosidade do amarelo e a excitação do vermelho.
• Relaciona-se bem com o ardor e o entusiasmo, o que torna popular.
• Facilita a digestão. Lembra sabores agradáveis.
• Em sombras e tonalidades "sujas" sugere estabilidade.
• É fartamente empregado nas sinalizações das indústrias, identificando peças perigosas da maquinaria.
• Quando adicionada ao preto, é imediatamente destituída de todos os seus aspectos positivos. Passa a representar os desejos reprimidos e intolerância. Perde sua pureza emotiva.




Cor chamativa, cheia de energia, de maior poder de atração e sedução.
• Vermelho é calor! Com exceção dos ambientes que requeiram um clima de excitação, o vermelho deve aparecer em áreas de pequena extensão.
• Cor ligada ao Erotismo, no tom escarlate.
• Faz com que os objetos avancem. Não beneficia a atividade mental, porém é estimulante.
• Aumenta a tensão muscular, ativa a respiração, estimula a pressão arterial.
• É indicada para pessoas retrospectivas, retraídas.




Essencialmente atmosférica. É fria por natureza. Está mais próximo da sombra.
Simboliza o equilíbrio, conforto e letargia.
• Pode ser usado em grandes superfícies sem se tornar cansativo.
• É tranqüilizante!
• Estão ligadas à nossa mente. Reduz a pressão sanguínea.
• No tom violeta simboliza verdade e sabedoria.
• Usado em ambientes, deve se equilibrar harmonicamente com outras cores para evitar um clima de tristeza e monotonia.
• Para dar a sensação de amplitude em espaços reduzidos e para criar ambientes simples, tranqüilos e agradáveis.




Equilibra as emoções. É a cor que menos fadiga a vista (relaxante e estável), é o equilíbrio entre o calor e o movimento do amarelo e a estática e a frieza do azul.
• Possivelmente é a cor mais utilizada na arquitetura de ambientes, pois harmoniza-se facilmente com outros tons.
• Quando utilizado no assoalho, tem o efeito do transporte de relva para dentro do ambiente.
• Na indústria é largamente empregado, por combater a fadiga visual e conseqüentemente o cansaço físico.
• Cor mais representativa nas Igrejas Cristãs simbolizando Ressurreição e Batismo.




É a presença de todas as cores. Traz claridade e alegria quando usado como acessório, complemento. Porém em grande quantidade torna-se frio e perde o interesse. Uma habitação toda branca pode oferecer certo encanto para alguns, mas para outros torna-se fria e impessoal.
• Só será verdadeiramente branco, quando receber uma luz intensa.
• É associado ao prestígio, economia, distinção, silêncio, leveza, tranqüilidade e limpeza.
• Um corpo branco, teoricamente, reflete a totalidade dos raios luminosos que incidem sobre ele.




Leves toques de negro pela casa dão um certo aspecto agradável na decoração. Ambientalmente, modifica o efeito das cores, realçando seus tons. Intensifica os valores altos e reduz a intensidade dos baixos. É a cor que reflete menos luz.


FONTE:

NACCACHE, Reynaldo A cor e os materiais no projeto arquitetônico. Vitruvius. Disponível em http://vitruvius.com.br/drops/drops16_07.asp

BEM PARÁ- O PORTAL PARANAENSE A Psicologia das Cores na Arquitetura de Interiores. Bem Pará: O Portal Paranaense. Disponível em
http://www.jornaldoestado.com.br/index.php?VjFSQ1VtUXlWa1pqU0ZKUFVrZDRVRlZyVmtaTlJrNTBUVlphVUZaVWJFWldNVkYzVUZFOVBRPT0=

ATHANASIO, Renata Maron; CONTO, Leandra de; LEMOS, Heloisa Nunes; PEREIRA, Maria Cecília Pinturas. Disponível em http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas
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Um comentário:

Anônimo disse...

Legal essa postagem...Valeu a dica!!!