Segue em curso a construção do maior projeto urbanístico da atualidade, a Masdar City, nos Emirados Árabes Unidos. Com projeto do arquiteto inglês Norman Foster, a cidade está sendo erguida sobre as dunas ao lado de Abu Dhabi a um custo de US$ 22 bilhões, tendo a sustentabilidade como meta.
Em artigo publicado no jornal The New York Times do dia 26 de setembro, o crítico de arquitetura Nicolai Ouroussoff, que visitou a construção, comparou a cidade ultra-sustentável a uma "Disneylândia" verde. "O projeto reflete a mentalidade dos condomínios fechados que se espalha pelo mundo como um câncer”, opina ele.
Financiado pelo dinheiro proveniente da exploração do petróleo, o projeto tem como objetivo criar um modelo de ocupação isento de emissões de CO2. Para isso, contará apenas com transporte público, refrigeração natural dos edifícios, além de matrizes energéticas 100% renováveis. A arquitetura das edificações e do mobiliário urbano segue a tradição árabe.
Apesar de ressaltar as virtudes do projeto concebido por Foster, Ouroussoff afirma que a Masdar City repete um fenômeno global que divide o espaço em guetos, onde questões como sustentabilidade pouco importam.
“A pureza utópica e o isolamento da vida nas cidades reais estão fundamentados na crença, ao que me parece aceita pela maioria, de que a única maneira de criar uma comunidade harmoniosa, verde ou não, é isolando-a do mundo em geral", acrescenta o crítico de arquitetura.
"Isso levou não apenas à proliferação de condomínio fechados suburbanos, como também à transformação dos centros de cidades como Paris e Nova York em parque de diversões para turistas e ricos”, diz Ouroussoff. Para ele, Masdar é a culminação desta tendência. “É uma sociedade auto-suficiente, levantada sob um pedestal e fora do alcance da maioria dos cidadãos do mundo", conclui.
Em artigo publicado no jornal The New York Times do dia 26 de setembro, o crítico de arquitetura Nicolai Ouroussoff, que visitou a construção, comparou a cidade ultra-sustentável a uma "Disneylândia" verde. "O projeto reflete a mentalidade dos condomínios fechados que se espalha pelo mundo como um câncer”, opina ele.
Financiado pelo dinheiro proveniente da exploração do petróleo, o projeto tem como objetivo criar um modelo de ocupação isento de emissões de CO2. Para isso, contará apenas com transporte público, refrigeração natural dos edifícios, além de matrizes energéticas 100% renováveis. A arquitetura das edificações e do mobiliário urbano segue a tradição árabe.
Apesar de ressaltar as virtudes do projeto concebido por Foster, Ouroussoff afirma que a Masdar City repete um fenômeno global que divide o espaço em guetos, onde questões como sustentabilidade pouco importam.
“A pureza utópica e o isolamento da vida nas cidades reais estão fundamentados na crença, ao que me parece aceita pela maioria, de que a única maneira de criar uma comunidade harmoniosa, verde ou não, é isolando-a do mundo em geral", acrescenta o crítico de arquitetura.
"Isso levou não apenas à proliferação de condomínio fechados suburbanos, como também à transformação dos centros de cidades como Paris e Nova York em parque de diversões para turistas e ricos”, diz Ouroussoff. Para ele, Masdar é a culminação desta tendência. “É uma sociedade auto-suficiente, levantada sob um pedestal e fora do alcance da maioria dos cidadãos do mundo", conclui.
Veja o site oficial da Masdar City com imagens do projeto de Norman Foster: www.masdarcity.ae
FONTE: www.arcoweb.com.br
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