Porque as paisagens e naturezas mortas, tão cobiçadas antigamente, agora são feitas e vendidas por um preço e estimas muito menores? Porque hoje em dia todos conseguem fazer uma pintura abstrata e não é aclamada como no passado?
A resposta para essas perguntas é uma só palavra...Ruptura!
Antigamente, començando pelos anos de 1400, tivemos a Renascença com seus estudos científicos do corpo humano e do mundo natural, com a intenção de retratar com realismo esses temas. No Maneirismo, uma fase intermediária entre a Renascença e o Barroco, tentou-se trocar a harmonia pela dissonância (já uma tentativa de ruptura, mas não tão radical como veremos em outras fases). Depois veio o Barroco , entre 1600 e 1750, que conseguiu "casar a técnica avançada e o grande porte da Renascença com a emoção, intensidade e a dramaticidade do Maneirismo, fazendo do estilo Barroco o mais suntuoso e ornamentado na história da arte" (STRICKLAND, 2003).

Maneirismo
"Madona de Pescoço Comprido", Parmigiano, 1535
Uffisi, Florença.

Barroco
"O Êxtase de Santa Tereza", Bernini, 1645-52
Escultura - Capela Cornaro, Santa Maria Della Vittoria, Roma.
No século XIX ocorreu o nascimento dos "ismos", como o Neoclassicismo, o Romantismo e o Realismo, que ainda que com estilos diferentes, carregavam em suas pinturas uma ligação muito forte com os objetos existentes. Com o nascimento da Fotografia (início do século XIX), um grande marco na história da arte, a necessidade da pintura retratar o mundo como uma forma de "recordação" acaba. O Impressionismo "se separou radicalmente da tradição rejeitando a perpectiva, a composição equilibrada, as figuras idealizadas e o chiaroscuro da Renascença. Em vez disso, os impressionistas representavam sensações visuais imediatas através da cor e da luz" (STRICKLAND, 2003). Aí está a ruptura...A partir dessa fase, que embora foi curta (1860-1886), modificou o curso das artes que se seguiram. Como toda ruptura, ela é radical. Portanto, alguns conceitos não são bem definidos, o que causa críticas ao movimento, mas também o que faz com que os outros sucessores tragam uma influência do estilo, só que mais bem elaborada, como é o caso dos pós-impressionistas (que tentaram inserir mais conteúdo as obras) e os expressionistas.
Impressionismo
"Impressão: Nascer do Sol", Monet, 1872
Musée Marmottan, Paris.
Pós-Impressionismo
"A Noite Estrelada", Van Gogh, 1889.
MoMA, Nova Iorque.
Renascimento
"Nascimento de Venus", Botticelli, 1482
Uffizi, Florença.
"Nascimento de Venus", Botticelli, 1482
Uffizi, Florença.

Maneirismo
"Madona de Pescoço Comprido", Parmigiano, 1535
Uffisi, Florença.

Barroco
"O Êxtase de Santa Tereza", Bernini, 1645-52
Escultura - Capela Cornaro, Santa Maria Della Vittoria, Roma.

"Impressão: Nascer do Sol", Monet, 1872
Musée Marmottan, Paris.

"A Noite Estrelada", Van Gogh, 1889.
MoMA, Nova Iorque.
Assim, para que possamos avaliar um trabalho artístico, é sempre importante verificar a história do autor e o período em que ele produziu suas obras. Desse modo, será mais fácil de compreender a essência de cada artista.
Bibliografia:
STRICKLAND, Carol Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno. Tradução: Angela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
STRICKLAND, Carol Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno. Tradução: Angela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
Um comentário:
mt bom o seu blog
parabéns!! me ajudou mt
bjus
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