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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Minha 1ª aula na pós

Esse ano, para ficar mais próxima do ambiente acadêmico da pós-graduação, me inscrevi em uma das aulas na FAU USP. Assim, tive que preencher o formulário, elaborar uma carta para a professora explicitando quais eram meus objetivos de ingressar em sua disciplina e enviar o meu currículo lattes para avaliação. Depois de tudo pronto fui até a FAU na Rua Maranhão e entreguei minha inscrição. A secretária disse-me que eu teria que estar na primeira aula, onde a professora diria na frente de todo mundo se eu seria aceita ou não. “Me senti a própria ré sendo julgada...”. Pois bem, no primeiro dia lá estava eu, pronta para ir em São Paulo. Acordei mais cedo para chegar com folga na aula, percorri mais da metade do caminho sem problemas, quando ocorreu um acidente e o transito parou completamente. "Tinha que ser bem no dia da minha primeira aula", mas respirei fundo e pacientemente fomos completando o trajeto a 20Km/h. Cheguei lá 30 min atrasada, o que era horrível para o primeiro dia de aula. Perguntei para o segurança onde era a classe e subi correndo as escadarias de madeira que levavam até ela. Bati na porta, todos olharam (como era de se esperar), pedi licença e me sentei. Ainda bem que o trânsito acontece com mais pessoas, e outros chegaram atrasados também. Depois de uma breve explanação do conteúdo da aula a professora fez uma observação, onde dizia que não gostava de alunos especiais e nem de alunos muito novos que não tivessem muita experiência. Com essas palavras eu já estava achando que não seria aceita e quase desistindo de tudo. A professora então pediu para que todos os alunos se apresentassem, deixando os alunos especiais por ultimo “para prolongar a minha angustia”. E assim aconteceu, todos falaram e eu também, quando no final ela disse que os alunos que não tinham sido aceitos ela tinha enviado um e-mail antecipado avisando. E foi aí que eu entendi que nós já tínhamos sido aceitos e que eu estava sofrendo a toa. “Bom, não tinha como eu adivinhar!”. Depois dessa aula vieram muitas outras. Sofri com o trânsito, com a chuva, com a crise de identidade, com a pressão de estar sendo testada o tempo todo...Mas também aconteceram muitas coisas positivas. Aprendi muito nas aulas e conheci pessoas muito interessantes (o café no Abraão propiciou uma afinidade maior). Elas vinham de outros lugares, com formações diferentes e atuações profissionais diversas. Essa variedade fez com que a aula se tornasse cada vez melhor.

4 comentários:

Anônimo disse...

Assim como tudo na vida, existe o lado de muita angustia e lá vem depois o bom.
Persista e, tudo vai transcorrendo
com naturalidade.

Tom disse...

Parabéns por ter sido aceita!

Uma curiosidade, onde fica esse café do Abraão? Na FAU mesmo?

No Instituto de Física, próximo à FAU existe o auditório Abraão de Morais, então fiquei curioso se existe algum local na FAU com o mesmo nome...

Boa jornada no seu curso!

Geise disse...

Oi Everton, respondendo a sua pergunta...
O Abraão que eu falei é uma padaria na Rua Maranhão chamada Mundo dos Pães, mais ou menos 2 quadras da pós USP de Arquitetura. Íamos lá em todos os intervalos, era o nosso momento de conhecer as pessoas que faziam parte da aula.

Se vc quiser conhecê-la melhor, o site é:
http://www.guiadasemana.com.br/gds_externo.asp?st=www.benjaminabrahao.com.br

Ela é muito boa!!! Abraços...

Tom disse...

Obrigado pela dica!

Abraço.